As igrejas de São Lourenço e da Matriz do Santíssimo Sacramento, em Itaparica, perderam cerca de 90% do seu acervo após os dois roubos de peças religiosas ocorridos este ano. A estimativa é do chefe de gabinete do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Bahia, Mateus Morbeck. “Foi um dos maiores roubos da história”, revela Morbeck.
Ontem, um técnico do Iphan foi até a Ilha de Itaparica conferir quais peças roubadas pertenciam ao acervo do instituto. Dois ostensórios em ouro maciço e um cálice de prata, tombados pelo Iphan, foram roubados junto com seis castiçais banhados a ouro da casa do padre João Paiva, pároco da Igreja de São Lourenço, na quarta-feira.
O padre mantinha as peças em sua casa após o roubo à Igreja de São Lourenço, em março, que levou mais de 40 objetos religiosos, entre imagens e peças metálicas. Boa parte dos ob jetos pertencia à coleção da Igreja da Matriz do Santíssimo Sacramento, também tombada pelo Iphan, mas fechada há quatro anos por problemas em sua estrutura.
Morbeck anunciou que uma licitação de R$ 700 mil será lançada no dia 7 de junho para a reforma e restauro da igreja. A estimativa é que as obras sejam concluídas em seis a oito meses e a igreja seja reaberta. O Iphan comunicou o roubo à Polícia Federal, que vai investigar o caso.
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